Toda vida é bela: o direito ao desenvolvimento como categoria jurídica propulsora da efetivação dos direitos humanos

Autores

  • Christiane Rabelo de Souza
  • Brunna Rabelo Santiago

DOI:

https://doi.org/10.55905/D&Iv2n1-007

Palavras-chave:

direitos humanos, segunda guerra mundial, holocausto, crise dos direitos humanos, direito ao desenvolvimento

Resumo

O presente artigo examina, a partir da análise do holocausto retratado no filme “A Vida é Bela”, a crise contemporânea dos Direitos Humanos, com especial enfoque na utilização do Direito ao Desenvolvimento como uma categoria jurídica capaz de promover a efetivação desses direitos. Embora seja uma noção relativamente recente no campo jurídico, o Direito ao Desenvolvimento busca assegurar o desenvolvimento humano integral, colocando o indivíduo como elemento central para a concretização de um progresso pleno e sustentável. Nesse contexto, o artigo pretende demonstrar que, apesar de em diferentes proporções, as práticas desumanas que marcaram o holocausto ainda se refletem no mundo atual. A partir disso, reforça-se a necessidade de investigar medidas concretas para combater a violação dos direitos mínimos à dignidade humana. A pesquisa foi conduzida utilizando-se o método dedutivo e teórico-bibliográfico, complementada por pesquisa documental, tendo como principal referência a “Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento”. Como resultado, o estudo conclui que o Direito ao Desenvolvimento surge como uma ferramenta jurídica eficaz para combater a exclusão social e promover a dignidade humana em tempos de crise dos Direitos Humanos, ao fomentar a solidariedade e o respeito à alteridade.

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Publicado

2025-10-30

Como Citar

Souza, C. R. de, & Santiago, B. R. (2025). Toda vida é bela: o direito ao desenvolvimento como categoria jurídica propulsora da efetivação dos direitos humanos. DIREITO & INCLUSÃO, 2(1). https://doi.org/10.55905/D&Iv2n1-007

Edição

Seção

Artigos